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Confiança dos empresários na economia cai 0,4 ponto em outubro

Edifício-Sede do Banco Central do Brasil em Brasília

Dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas afirmam que, no mês de outubro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,4 ponto em relação ao mês de setembro. Agora, o índice está com 97,1 pontos, recuando pela primeira vez em cinco meses.

Nos últimos meses o empresariado estava confiante na recuperação econômica. Agora, no entanto, o aumento da inflação e o fim do auxílio emergencial pago pelo governo faz com que temam que a economia não cresça como o esperado. 

Confiança está acomodada

Como os últimos cinco meses haviam sido de alta, Aloisio Campelo Junior, que é superintendente de Estatísticas da FGV, entende que a confina empresariam pode ter chegado a um momento de acomodação. 

Isso porque, determinados setores, como a indústria, têm se destacado de forma veemente, como não ocorria desde 2011. A construção civil também viu crescer os níveis de confiança no último mês e isso ajuda na manutenção do índice. 

Há setores que puxa a confiança para baixo

Se há setores que trabalham para manter a confiança em alta, há também aqueles que fazem a desconfiança ganhar força. O comércio e o setor de serviços, por exemplo, registraram quedas, em razão de revisão das expectativas para o futuro.

Os motivos podem ser tanto a preocupação com os rumos que a crise sanitária tem tomado, quanto com o desaquecimento da demanda previsto para 2021. O fim do auxílio emergencial é um dos maiores medos do setor. 

Governo precisa reagir

O Índice de Confiança Empresarial leva em conta dados de sondagens envolvendo indústria, comercio, serviços e construção. Por isso ele permite uma visão mais ampla sobre o que se espera para os próximos meses. 

O que se vê é um temor de que a participação do governo tenha se limitado a pagar o auxílio emergencial. Não há um plano para a volta e, para o ano de 2021, o país já deve entrar em janeiro com quase 16 milhões de desempregados. 

Enquanto não houver uma redução do desemprego, não há como a economia passar a andar com as próprias pernas. 

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