A China foi o primeiro país a ser atingido pela pandemia do novo coronavírus. Berço fornecedor de inúmeros bens para todo o mundo, o país viu sua produção industrial cair drasticamente, em virtude da necessidade de tomada de decisões sanitárias.
Em agosto, entretanto, a produção industrial no país deu um salto e teve uma aceleração superior aos oito meses anteriores deste ano. Isso demonstra que o pior já passou e o país, agora, começa a colocar em prática sua retomada econômica.
Ainda há ameaças
O governo de Pequim interferiu e diminuiu a queda de investimentos em ativos fixos que havia se acumulado durante o ano. Entretanto, as autoridades ainda permanecem em alerta, já que há riscos externos bastante elevados.
Além do avanço da pandemia sobre outros países, a China precisa se preocupar também com as tensões com os Estados Unidos, que devem aumentar nas próximas semanas, já que gerar tensão com a China é uma das plataformas políticas de Donald Trump.
Motivos para a recuperação
Um dos pontos principais, que ajudaram a china a ver sua produção industrial voltar a subir é a alta demanda externa. O país esteve fechado para exportações por algum tempo e isso gerou um grande déficit de produtos em todo o mundo.
A produção industrial cresceu 5,6%, mas o governo já está de olho no retorno do crescimento dos setores de serviços e de vendas no varejo. Nos dois casos, os números já voltaram a ser positivos, mas o país espera crescer ainda mais.
O almoxarifado do mundo
Uma coisa que a pandemia demonstrou foi que muitos países não estavam preparados para viver em um mundo sem que a China produzisse grande parte dos bens utilizados no dia a dia. O Brasil foi um deles.
Por isso, nesse processo de retomada, a China, talvez, precise enfrentar também a revolução tecnológica que deve acontecer nesses países. A União Europeia já identificou o problema e pretende investir em seu setor industrial.
O Brasil não parece ter qualquer plano nesse sentido e devemos continuar dependendo do fornecimento chinês.