A China e os Estados Unidos concordaram em resumir as conversas comerciais “nos próximos dias”, para avaliar o progresso da Fase 1 do acordo que entrou em vigor em fevereiro deste ano.
A conversa já estava marcada para 15 de agosto, mas acabou sendo prorrogada em meio à escalada de tensão entre as duas economias do mundo, ocasionada, entre outros fatores, principalmente pelo coronavírus.
O presidente Donald Trump tem criticado a forma como a China lidou com o contágio da doença, culpando o país pela pandemia mundial.
Em adição a isso, a nova lei de segurança nacional em Hong Kong e atritos com empresas como Huawei e ByteDance (dona do TikTok) são os novos capítulos da novela que mexe com o sentimento dos investidores.
Vamos conversar sobre
De qualquer modo e para todos os efeitos, o Ministério do Comércio da China divulgou nesta quinta-feira (20) que os países irão retomar as conversas, seis meses após a celebração do acordo.
Gao Feng, porta-voz do Ministério, comentou brevemente a questão em reunião online, mas deixou de elaborar.
Os comentários de Feng vieram na esteira das palavras do chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, que disse na terça-feira (18) que conversas de alto escalão não estavam sendo travados sobre a questão comercial.
Meadows assegurou, contudo, que providências estavam tomadas para cumprir as providências previstas na Fase 1 do acordo já travado.
Guerra comercial
Celebrado em 15 de janeiro, o acordo foi considerado como um grande avanço na guerra comercial travada entre China e EUA durante 2 anos. A Fase 1 inclui metas ambiciosas, como aumento de importações de produtos agrícolas dos EUA pela China.
Contudo, o sentimento logo se azedou em virtude dos episódios acima relatados. Vale ainda lembrar as sanções impostas a indivíduos, políticos e negócios, dos quais se destaca o app de vídeos TikTok.
Dados oficiais indicam que falta muito para que a China atinja a meta de aumento de US$ 77 bilhões nas importações, em comparação com as compras de 2017.
Não obstante, os níveis têm acelerado com a reabertura da economia chinesa após os maiores contágios de coronavírus.