China demonstra recuperação econômica, mas inflação continua em baixa


Frente a um contexto de crise econômica mundial ocasionado pela pandemia do Covid-19, a China, um dos primeiros países a se deparar com as dificuldades decorrentes das consequências da doença, vem demonstrando certa habilidade em retomar a economia.

Tendo sido o país no qual o vírus teria inicialmente se proliferado, a nação chinesa sofreu com o início das restrições econômicas. Entretanto, o que se vê é uma forte retomada nos setores de indústria e comércio.

Por outro lado, alguns números seguem em declínio, como os preços nos portões das fábricas chinesas e os índices de inflação – estes, os mais preocupantes. 

Enquanto a pequena demanda de combustíveis contribuiu para a queda dos preços em portão de fábrica, o preço da carne de porco teve efeitos no mais baixo índice de inflação em 11 anos do país.

Baixa considerável nos preços ao produtor e ao consumidor

Segundo a Agência Nacional de Estatísticas, o índice de preços ao produtor apresentou queda de 2,1% no último mês de outubro, quando comparado ao mesmo período de 2019.

Esse recuo segue o que já havia acontecia para o mês de setembro e contraria a diminuição de 2% esperada por pesquisa feita pela Reuters.

Quanto ao índice de preços ao consumidor, foi possível identificar uma queda em relação à expectativa, mesmo levando em conta que o próprio valor do índice subiu. 

Houve, portanto, um aumento no importe de 0,5% em relação ao ano passado, sendo que a expectativa era de que houvesse uma alta de 0,8% em outubro e de 1,7% em setembro, conforme pesquisa da Reuters. Trata-se do crescimento em ritmo mais lento desde o constatado em outubro de 2009.

Visão de economista chinês é realista, mas otimista para um futuro próximo

Segundo opinou Zhaopeng Xing, economista de marcados do ANZ, os preços ao produtor e ao consumidor devem permanecer em baixa para o quarto trimestre, mas a esperança é de uma gradativa recuperação para um contexto pós-pandêmico.

“A inflação deve se recuperar depois do primeiro trimestre de 2021, graças à crescente demanda pós-pandemia”, afirmou o especialista.