A grife francesa Chanel é conhecida no mundo todo. Uma das marcas de luxo mais importantes do mundo, agora volta seus olhos para o Brasil, vendo no país uma boa opção para exportação de práticas sustentáveis.
Segundo David Wertheimer, herdeiro da grife de luxo, controla um fundo de investimento bilionário que visa encontrar formas de sustentáveis de produzir sapatos, roupas e acessórios. Nesse cenário, um dos países que tem chamado sua atenção é o Brasil.
Os interesses no Brasil
Apesar de não haver nenhum contrato efetivamente fechado, o fundo de investimento da Chanel já procurou o banco Mirabaud, da Suiça, e já está de olho na tecnologia adequada a ser aplicada na cana-de-açúcar.
A ideia é trabalhar o produto de tal maneira que seja possível substituir outros materiais, como plástico e borracha não orgânicos, pela cana-de-açúcar. A tecnologia seria aplicada, principalmente, na produção de sapatos e acessórios.
Valores
O Fundo de investimentos pretende levantar o equivalente a R$1,3 bilhão. Para isso, David Wertheimer pretende investir tanto em empresas que já estão no mercado de forma sólida, quanto naquelas que sejam novas, mas estejam prontas para a inovação.
No Brasil, para investir de maneira correta, o fundo de investimentos procurou o Instituto E, voltado para as práticas ambientais mais corretas, há mais de 20 anos.
Moda sustentável
Os esforços do fundo de investimento também serão direcionados para a Ásia e a Europa. A ideia é investir em canais de venda que tenham um posicionamento mais sustentável. Novas formas de vender online, por exemplo, irão facilitar as negociações.
Faz sentido unir a sustentabilidade com a moda, pois o setor é, no mundo, o 2º mais poluente. Para se ter uma ideia, 20% da poluição das águas vêm da produção de materiais têxteis pela indústria da moda.
A situação piora porque a produção de roupas só tem aumentado nos últimos anos. A situação piorou com redes chamadas de fast fashion. Essas empresas desenvolvem produtos voltados para a moda, mas que são descartáveis e de uso rápido.
A produção de roupas mais que dobrou nos últimos 20 anos.