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Casa Verde Amarela colocará os de renda mais baixa para pagar juros

Após o projeto do Renda Brasil não ter saído como planejado, o governo federal volta seus olhos para o programa Casa Verde Amarela, que deverá substituir o Minha Casa Minha vida, apesar de manter praticamente os mesmos moldes do programa anterior. 

Uma diferença que atingirá em cheio os mais pobres, porém, deve ser salientada. Segundo o projeto, as famílias que contam com renda mensal de até R$1,8 mil, que não pagavam juros, agora começarão a pagar, assim que o programa de Bolsonaro for aprovado.

Como funciona o CVA

O Casa Verde Amarela, assim como o seu antecessor, o Minha Casa Minha Vida, será operacionalizado pela Caixa Econômica Federal. Segundo a MP 996, que criou o novo programa, a Faixa 1 do programa, onde estão os mais vulneráveis, deverá pagar juros. 

Os juros anuais, segundo as regras de Jair Bolsonaro começarão a pagar juros que partirão de 4,25% ao ano. É importante lembrar, entretanto, que a MP precisa ser votada pelo Congresso até o dia 24 de outubro, ou perderá sua validade. 

A diferença entre os programas

O Minha Casa Minha Vida foi criado pelo governo Lula, em 2009, e concede aos mutuários da Faixa 1, a possibilidade de financiar até 90% do preço da moradia, com os 10% restantes pagos em até 120 prestações, sem quaisquer juros. 

Para Sérgio Takemoto, presidente da Federação nacional das Associações da Caixa Econômica Federal, afirma que o novo programa é um retrocesso e tende a prejudicar aqueles que estão em situação de maior fragilidade. 

Congresso pode alterar a MP

Uma esperança para a população é que a MP possa ser alterada pelo Congresso Nacional e melhorada. A função social da não cobrança de juros para uma faixa de cidadãos mais carentes tende a ser considerada pelos parlamentares. 

Outro ponto importante que pode ser alterado é que o Casa Verde Amarela suprimiu a participação do Sistema e Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social no programa, o que pode ser alterado no Congresso.

Agora é esperar as mudanças que poderão ainda ser feitas. 

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