Ícone do site Jornal de Finanças

Câmbio latino de melhor humor apesar dos riscos locais, assistindo a votação nos EUA

As moedas latino-americanas vão ganhar um pouco de força no curto prazo, enquanto os investidores assistem à campanha eleitoral presidencial nos EUA para qualquer pista sobre a abordagem futura de Washington em relação à região.

As taxas de câmbio do real do Brasil e do peso do México têm sido voláteis nos últimos meses, mas permaneceram dentro de níveis chave, enfrentando uma perspectiva mista de preocupações com o orçamento e melhorando os macro indicadores.

Agora, sinais de recuperação de uma recessão histórica em ambos os países estão começando a permear o sentimento, apesar de vários riscos domésticos, incluindo o catastrófico prejuízo humano da atual pandemia de coronavírus.

Previsões

O real deverá apreciar 2,8% a 5,24 por dólar americano em três meses a partir de quarta-feira, de acordo com estimativa mediana de 31 analistas e estrategistas pesquisados entre 28 de agosto e 2 de setembro. 

As previsões mais fracas e mais fortes são de 5,80 e 4,58, respectivamente.

Em um ano, a moeda brasileira é vista a 4,95 por dólar americano em comparação com a estimativa mediana de 4,85 em agosto. 

A unidade teve um início forte em setembro, depois que o governo ofereceu garantias sobre seus planos de austeridade. Ainda assim, alguns são céticos. 

“Os baixos spreads das taxas de juros, as expectativas de crescimento negativo e a deterioração fiscal continuarão exercendo pressão negativa sobre o real”, disse Dan Kawa, da TAG Investimentos no Rio de Janeiro.

Recessão

A economia brasileira encolheu no segundo trimestre pelo maior número registrado, já que as medidas de bloqueio anti-coronavírus reduziram a atividade econômica. 

No mês passado, o banco central cortou sua taxa de juros de referência para um recorde (2,00%) para estimular o crescimento.

A moeda local caiu 25% em 2020, no caminho certo para seu pior ano desde uma perda de 33% em 2015. 

Mas ela ganhou mais de 4% em relação a um mínimo em agosto, quando os mercados brasileiros recuaram após espalharem temores sobre o déficit fiscal em expansão.

Sair da versão mobile