O Brasil continua sua caminhada neoliberal para beneficiar o máximo de empresas que puder. O projeto de Paulo Guedes para a economia nunca foi segredo e ele está se esforçando para coloca-lo em prática, ainda que não se saiba quem pagará a conta.
Um modelo para a desoneração das folhas de pagamento de empresas deve ser incluído na reforma tributária. O que ainda é ponto de dúvida é saber se essa desoneração será capaz de aliviar a vida dos empresários que pagam mais que um salário mínimo.
As discussões
Até agora a equipe econômica de Paulo Guedes tem como consenso que desonerar os tributos sobre quem ganha até um salário mínimo é viável. Depois desse valor, as opções atuais são diminuir a alíquota de 20% para 15%, na chamada desoneração vertical.
A outra opção que está posta na mesa é de desonerar a folha, isentando a contribuição sobre um salário mínimo de todos os servidores, até daqueles que ganham mais que isso. Assim, as empresas pagariam a contribuição apenas sobre o restante.
Essa é a chamada desoneração vertical.
Preferencias do mercado
Para as empresas que possuem uma mão de obra mais qualificada, a desoneração vertical é a melhor opção porque, no todo, elas podem conseguir um maior alivio da carga tributária. Para o governo, aparentemente, não faz muita diferença.
Quem paga a conta
Como tudo que acontece na vida quando o assunto é economia, não se pode tirar de um lugar sem ter ideia de qual será a compensação. Assim, o dinheiro que o governo deixará de ganhar ao dar privilégios para as empresas precisará vir de outro lugar.
O alvo escolhido foi o bolso do povo. A ideia é criar um novo imposto sobre transações, como era a CPMF. Paulo Guedes e outros representantes de Bolsonaro tentam convencer Rodrigo Maia a aceitar o novo imposto, mas o presidente da Câmara é contra.
O governo precisa que Rodrigo Maia aceite a nova cobrança, pois ele é o responsável por colocar os projetos em pauta e ainda tem bastante influência.