Segundo dados apresentados pelo Fundo Monetário Internacional, o Brasil foi o país que registrou o maior aumento de gastos públicos na última década. A pesquisa leva em consideração os anos de 2008 até 2019.
Nesse período, a despesa conjunta da União subiu de 29,5% para 41% do Produto Interno Bruto – PIB. Nessa conta, ainda, não estão incluídos os gastos com juros, que são grande parte da dívida pública brasileira.
A situação, certamente, piorou em 2020, com a pandemia do novo coronavírus e a forma com que o governo federal lidou com ela.
O estudo
O estudo do FMI levou em consideração as 20 economias mais importante do mundo e da América Latina. China, Argentina e Índia não puderam ser incluídas no estudo porque não contavam com informações disponíveis no banco de dados.
Após a crise de 2008, muitos países seguraram a alta de gastos governamentais. O Brasil, no entanto, na contramão, seguiu caminho inverso e, ao que consta, muito disso se deve a concessão de benefícios sociais.
Os benefícios para as famílias de baixa renda saltaram de 9,8% pra 18,4% do PIB.
Outro ponto que se destacou foram os gastos com servidores. Segundo se apurou, eles chegaram a 13% do PIB, números que são inferiores apenas aos da África do Sul e Arábia Saudita.
Teto de gastos
A aprovação de um teto de gastos em 2016 fez com que os investidores passassem a confiar mais no país, segundo o estudo. Assim, a possibilidade de gastar menos foi algo que tornou o país atrativo, principalmente para quem vem do exterior.
Os gastos aumentaram em 2020
O teto de gastos, ainda, não foi rompido. No entanto, as chances de que isso aconteça são cada vez mais forte. Isso porque os gastos com a pandemia foram muito altos e, agora, o governo aposta numa estratégia mais populista.
Bolsonaro espera criar um programa social para substituir o Bolsa Família. O valor maior fará com que os gastos públicos aumentem consideravelmente. Assim, para a próxima década, as chances são de continuarmos na primeira posição.