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Bovespa fecha mais uma vez em queda, mas há motivos para comemorar

O índice da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, fechou na última sexta-feira (9) com uma queda de 0,45%. O valor, no entanto, ainda foi positivo. Isso porque, na semana, o índice terminou em alta de 3,69%.

O número é relevante porque interrompe uma sequencia de várias semanas em que a bolsa de valores brasileira fechava no vermelho. Na quinta a bolsa havia subido 2,51%. No total do mês, a alta ainda é de 3,04%.

Os números demonstram uma capacidade de reação necessária. Isso porque o país tem visto uma grave fuga de investidores. Em todo o ano, o tombo dos números já chega a 15,70%. Ou seja, é preciso retomar, para queda não ser tão grande. 

Tempestade econômica perfeita atrapalha

A recessão instalada, uma crise sanitária sem precedentes, a fuga de investidores e a incerteza do mercado formam uma tempestade perfeita contra a economia brasileira. Com isso, o momento atual é de manter a calma e de algum temor.

No exterior, os movimentos de Donald Trump mexem com a economia do mundo todo. As eleições americanas, o Brexit, a Covid-19 e o temor de novas quarentenas forçadas fazem com que toda a economia mundial fique volátil.

Os investidores, então, tendem a se afastar de um país que parece sem rumo, como o Brasil. Com a moeda mais desvalorizada do mundo e com o Ministério da Economia ameaçando romper o teto de gastos dia após dia, os investidores tendem a se segurar. 

Renda cidadã ocupa espaço demais

Enquanto na Europa os países estão se recuperando e retomando suas atividades econômicas, no país a discussão permanece sobre o Renda Cidadã. O programa eleitoral de Bolsonaro quer substituir o Bolsa Família para ganhar eleitores de Lula.

O programa é essencial para quem precisa, mas a discussão ocupa espaço demais.

Principalmente porque o governo não tem dinheiro para banca-lo e, por isso, busca alternativas muito ruins. 

Porém, pouco se fala em planos para uma retomada econômica eficiente e geração de empregos. Com mais trabalho disponível, há menos necessidade de programas sociais. 

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