Bolsonaro quer tirar dinheiro da educação pensando na eleição


O governo Bolsonaro não é reconhecido pelo seu interesse na área da educação.

O governo Bolsonaro não é reconhecido pelo seu interesse na área da educação. Ao longo de dois anos, sucederam-se no cargo de Ministro homens que não deixarão qualquer lembrança positiva. No entanto, o interesse do governo agora é no dinheiro do MEC. 

O Ministério da Educação tem uma verba bilionária, pois é responsável por todas as estratégias educacionais do país. Nos últimos anos, esse valor aumentou. Por isso, o governo federal vê o MEC como a galinha dos ovos de ouro em meio a crise. 

A proposta de Bolsonaro

O presidente propôs ao Congresso Nacional cortar 1,4 bilhões do Ministério da Educação. A ideia é usar esse dinheiro em obras e outros gastos de estrutura. Para seduzir os parlamentares, o governo quer que as obras sejam patrocinadas pelo Congresso. 

Assim, é possível que grande parte desse dinheiro vire emendas parlamentares. Mas para Bolsonaro tudo pode ser positivo. No meio da crise, ele pode se aproveitar dessas obras para se reeleger em 2022. O PAC de Dilma Roussef se repete mais uma vez. 

R$ 6.118 bilhões remanejados

O valor que sairá dos cofres do MEC é pequeno se comparado com o tamanho do remanejamento. R$ 6.118 bilhões serão remanejados para que o governo possa investir nas suas obras. Com isso, o governo que investir no desenvolvimento.

Congresso precisa aprovar

A proposta enviada por Bolsonaro, na teoria, já foi acordada com os congressistas. A ideia é que o remanejamento possa impulsionar o Pró-Brasil, o plano desenvolvimentista de Bolsonaro que, acredita-se, possa garantir sua reeleição. 

Rogério Marinho, Ministro do Desenvolvimento Regional, tem viajado pelo país em diversas reinaugurações. Ele esteve, pro exemplo, na inauguração de parte da transposição do Rio São Francisco, que já estava pronta há alguns anos. 

Congresso cobra sua parte

Também de olho nas próximas eleições, os parlamentares cobram a possibilidade de indicarem cerca de R$ 3 bilhões para suas bases eleitorais. Na teoria, tudo está acordado e a proposta do governo deve ser aprovada rápido, deixando um rombo nas contas do MEC. No entanto, na política, nada é totalmente confiável. 

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