Bolsonaro diz que governo está buscando alternativas contra crise econômica


O presidente Jair Bolsonaro pediu, nessa terça-feira (29), que os líderes partidários tragam sugestões para que o Brasil saia da crise econômica. Segundo ele, a ideia é buscar a recuperação da economia e enfrentar os problemas sociais que devem surgir em 2021. 

A pandemia do novo coronavírus causou um grande estrago na economia brasileira. O número de empresas que deixou de funcionar foi gigantesco e a proporção foi menos, apenas, que o número de desempregados. 

Preocupação com o fim do ano

Dois problemas chamam a atenção de Bolsonaro e exigem medidas de maior vulto. Em dezembro vence o decreto de estado de emergência. Na prática, isso fará com que os gastos do governo sejam mais controlados e tenham mais limites.

Esse é um problema para um governo que tem optado pelo endividamento recorde como forma de administração.

O outro problema é o fim do pagamento do auxílio emergencial. O governo acredita que, sem o auxílio e sem empregos, a situação possa se tornar de caos social. Por isso mesmo seria necessária uma nova forma de retomar a economia. 

Responsabilidade fiscal

O Brasil, no entanto, enfrenta uma grande dificuldade, que é convencer os investidores de que é possível acreditar em Jair Bolsonaro. Segundo ele, o Brasil respeitará o teto de gastos e pensará sempre na responsabilidade fiscal.

Entretanto, um projeto capitaneado pelo Ministério da Economia, a pedido de Bolsonaro, o Renda Cidadã, vai totalmente contra isso. Pelo projeto, o governo daria dinheiro as pessoas, mas para isso deixaria de pagar precatórios, que são dívidas judiciais.

Essa pedalada fiscal atingiria, principalmente, os segurados do INSS, que são responsáveis por praticamente metade dos valores que a União precisa pagar em precatórios. 

A conta não fecha

Bolsonaro quer substituir o Bolsa Família por uma questão meramente política. Não seria problema se houvesse de onde tirar o dinheiro para isso. 

A equipe econômica já previu retirar dinheiro da educação para desonerar a folha de pagamento de empresários. Agora quer tirar dinheiro dos aposentados para um programa social que eles não precisariam, caso recebessem as dívidas.