BNDES fará empréstimo internacional com autorização do Senado


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá contratar um empréstimo internacional no valor de US$ 750 milhões. A autorização foi dada pelo cenário brasileiro e o dinheiro deve ser usado para beneficiar microempresários. 

O empréstimo será concedido pelo banco Interamericano de Desenvolvimento e terá garantias dadas pela União. A ideia é utilizar o valor para financiar micro, pequenas e médias em presas durante o processo de recuperação econômica do país. 

Aprovação no Senado

Katia Abreu (PP-TO) foi a relatora da matéria no Senado e afirmou que os recursos serão destinados àquelas empresas que tem pouco acesso ao sistema bancário. O crédito seria, então, importante para ajudar a incentivar a economia nacional como um todo.

Ela ainda relembrou que o país tem cerca de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas atualmente. A importância delas está relacionada com a quantidade de empregos que são capazes de gerar, 28 milhões, atualmente. 

Endividamento

O Brasil dá, assim, mais um passo em direção ao endividamento total. Espera-se que o Produto Interno Bruto tenha uma que da de 5% esse, ano, segundo o Banco Central. O FMI acredita que a retração pode ser de 10%.

No mesmo sentido, o déficit das contas públicas pode chegar a R$ 1 trilhão. Obviamente que os gastos com a pandemia influenciaram, mas o país parece estar caminhando para um endividamento sem volta, interno e externo. 

Dólar

Muito do que é produzido no país é usado exclusivamente para o pagamento de juros da dívida pública. Ou seja, ainda que um governo que gaste muito não consiga quebrar o país, a dívida permanece e os juros impossibilitam novos investimentos. 

O dólar batendo na casa dos R$ 6 também não é um fator que ajude muito. A dívida e os juros são cobrados do Brasil na moeda americana. Ou seja, toda vez que ela sobe, a dívida do país explode mais um pouco. 

Nesse cenário, o problema maior é como os investidores veem o país devendo. Isso porque, cada vez mais há chances de o Brasil se tornar um mal pagador.