O Banco Central (BC) divulgou nessa segunda-feira (16/11), em seu boletim semanal conhecido como relatório Focus, novas projeções sobre índices de inflação e dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
Após consulta realizada com mais de cem instituições financeiras, os dados recolhidos permitiram a conclusão de que a expectativa de aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicativo oficial da inflação, pelo mercado aumentou de 3,20% para 3,25% para o presente ano.
Em outubro, a expectativa do mercado era de 2,65%, tendo o índice oficial registrado 0,86%, seu maior valor desde o ano de 2002. No mês anterior, já havia sido notado avanço significativo: 0,64% para o mês de setembro, a maior do período desde 2003.
Alta preocupa, mas segue dentro da meta central
Embora a alta inflacionária seja motivo de natural preocupação, diante de um cenário de aumento do valor do dólar e de uma possível retomada econômica e um consequente aumento de preços, a expectativa do mercado para a inflação segue abaixo da meta central, estipulada em 4%.
Ainda, o respectivo valor se encontra acima do piso estipulado ao sistema de metas para esse ano, que é de 2,5%. A oscilação entre 2,5% e 5,5% é, teoricamente, esperada, estando dentro das diretrizes formais impostas pelo próprio Banco Central.
Para o ano que vem, a previsão de inflação do mercado financeiro teve alta de 3,17% para 3,22%, sendo a meta central de 2021 correspondente a 3,75%, permitindo a oscilação entre 2,25% e 5,25%.
Expectativa é de menor queda para o PIB
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país, o informativo do BC anunciou que o mercado financeiro teve expectativa de menor baixa, indo de 4,80% para 4,66%. Há aproximadamente um mês, a estimativa era de queda de 5%.
Para o ano de 2021, a expectativa é de aumento do PIB em 3,31%, o que faz jus a um pensamento de que existe uma crescente retomada econômica geral no mundo e, consequentemente, no Brasil, com a esperança de que se dê um fim tão logo à pandemia.