Auxílio emergencial, nos atuais moldes, não se sustenta


O auxílio emergencial foi um projeto acertado do governo federal.

O auxílio emergencial foi um projeto acertado do governo federal. Ainda que Bolsonaro não quisesse, de início, conceder o benefício, o Congresso o convenceu. E isso fez a diferença na vida de milhões de pessoas. 

O problema é que a continuidade do pagamento é insustentável, considerando a ausência de fonte de recursos para tanto. Para se ter uma ideia, até mesmo o presidente, que nadava na popularidade proporcionada pelo auxílio, agora já vem mudando o seu discurso. 

Bolsonaro sabe que não dá para pagar

Como o auxílio foi enfiado goela abaixo por Rodrigo Maia e o Congresso, Bolsonaro preferiu matar no peito e abraçar a medida com se fosse sua. A partir daí, viu sua popularidade crescer e, até o meio do ano, dizia que este era um grande acerto seu.

Com o passar do tempo, entretanto, os cofres começaram a secar e o presidente começou a dizer que o auxílio é muito caro para quem paga. E está certo. Isso porque são milhões de pessoas recebendo, inclusive algumas que jamais trabalharam. 

Auxílio vai acabar

Atualmente o auxílio emergencial está sendo pago no valor de R$ 300. Quem se cadastrou depois não receberá todas as parcelas, isso porque o benefício deixará de ser pago em dezembro deste ano. 

Brasil está endividado

A dívida brasileira não para de crescer e alguns economistas, inclusive, já colocam em dúvida a capacidade brasileira de poder pagar as contas. Isso porque, no inicio de 2021, o país tem que quitar, praticamente, 15% de toda a sua dívida interna. 

Obviamente que o problema não é só o auxílio. O país gastou demais com propaganda, salários de militares e benefícios para empresas. No entanto, sejam quais forem os motivos, a verdade é que o país não está arrecadando como está gastando. 

Renda Brasil

Como alternativa, o presidente tem trabalhado com a ideia do Renda Brasil. O programa, nos moldes do Bolsa Família, atenderia menos pessoas e diminuiria gastos.

No entanto, mesmo assim não há de onde tirar dinheiro. Sem uma economia forte, o país não tem como arrecadar suficientemente.