A economia latino-americana já não vinha muito bem das pernas nos últimos tempos. Agora, com a chegada da pandemia, no entanto, as perspectivas são ainda piores. Espera-se que o PIB da américa latina despenque 13,5%, o que nos faria retroceder 120 anos.
Em todos os países que formam a América Latina e o Caribe o desemprego deve ainda chegar a 13,5% e a pobreza deve atingir cerca de 37,7% de toda a população. A região, que já é a mais desigual do planeta, só tende a ver essa desigualdade aumentar.
Segundo o documento apresentado pelo órgão das Nações Unidas responsável por avaliar o desenvolvimento da América Latina e Caribe, o continente deve perder em um ano, cerca de 10 anos econômicos ou 15, com relação ao meio social.
PIB dos países cai
A América do Sul, puxada principalmente pelo Brasil, é a região em que o Produto Interno Bruto – PIB dos países mais deve cair. Na média, espera-se que caia 9,9%, um nível que não é visto desde o ano de 2010, após a grande crise de 2008.
A queda nos meses de março e abril foi gigantesca. Depois disso, esperava-se que a recuperação econômica tivesse uma força maior. Mas o que tem se visto é que ela ocorrerá de forma lenta e gradual.
A maior crise social dos últimos anos
A atual situação da América Latina traz a tona a maior crise social em várias décadas. A pandemia deixou à mostra muitas fraquezas estruturais dos países, que demonstraram não estar preparados adequadamente para uma grande crise.
A fraqueza não é só sanitária, mas também econômica, pois tem impedido uma resposta adequada à pandemia. Os sistemas de proteção social, que já não eram tão fortes, se veem agora estrangulados por um contingente de necessitados que só cresce.
Queda na arrecadação
Os Estados também estão mais fracos, diante da forte queda na arrecadação. Com a atividade econômica parada, pouco se produziu e, o que se consumiu, não foi o suficiente para pagar todos os impostos que os estados esperavam receber anualmente.