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Alta do arroz gera crise entre Ministérios da Justiça e Economia

Nas gôndolas dos supermercados o preço dos itens que compõe a cesta básica só sobe. Os brasileiros assistem a tudo sem ter muito o que fazer, mas o Ministério da Justiça achou por bem notificar os estabelecimentos e cobrar uma explicação para o aumento.

O Ministério da Economia, que costuma ser muito combativo quando propõe reformas que retiram direitos trabalhistas, dos aposentados e, por último, dos funcionários públicos, achou por bem contestar a medida da Justiça para proteger os empresários. 

O posicionamento da Economia

Com aval do presidente da república, o Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Acompanhamento Econômico, enviou um ofício ao à Justiça cobrando explicações sobre os motivos que levaram a pasta a indagar os empresários sobre o aumento. 

Segundo o texto do ofício, o Ministério da Justiça estaria “ameaçando” agentes econômicos para darem explicações e justificativas sobre os preços abusivos, o que não seria correto. 

Segundo o Ministério da Economia, cobrar um posicionamento dos empresários que estão elevando os preços de maneira exorbitante faria com que outros empresários, que não o fazem, temessem ser acusados da mesma coisa. 

Economia é contra o controle

Eleito com um viés extremamente liberal, o governo de Jair Bolsonaro afirmou ainda que controlar, restringir ou direcionar os preços pode prejudicar a economia brasileira e sua reputação. 

Segundo o Ministério da Economia, o avanço do controle de preços pode fazer com que muitos empresários migrem para a informalidade, o que prejudicaria sobremaneira a economia como um todo. 

Para o povo, o livre mercado

Enquanto o governo tem implementado e defendido cada vez mais reformas, no sentido de diminuir os valores pagos pelos empresários, seja a título de impostos, seja a título de encargos trabalhistas, para o povo o auxílio parece não ser tão premente. 

Milhares de brasileiros perderam seus empregos durante a pandemia. Os auxílios emergenciais ajudaram muita gente a não ficar de geladeira vazia. Entretanto, agora a situação sai do controle.

Com o fim do auxílio emergencial, a alta dos preços e a economia patinando, o futuro parece terrível. 

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