Alimentos básicos ficam mais caros em 17 capitais


O brasileiro já percebeu que onda econômica que veio na esteira da pandemia da Covid-19 veio para ficar. Isso porque os preços nas gôndolas dos supermercados estão ficando cada vez mais caros. O problema é que esse aumento recai sobre os itens básicos. 

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) fez um levantamento sobre o valor dos alimentos básicos e descobriu que eles ficaram mais caros em 17 das capitais de estados brasileiros. 

Os números. 

Segundo o levantamento, as maiores altas de preços aconteceram nas cidades de Florianópolis, onde subiram 9,8% e Salvador, com 9,7%. Aracaju ficou na terceira posição, com um aumento de preços de 7,13% 

Em São Paulo a elevação foi menor. No entanto, de agosto para setembro houve um aumento de 4,33% no preço da cesta básica. Isso reflete o aumento dos alimentos que tem se acumulado no ano, e que, em conjunto, já equivale a 11,22%.

Produtos mais caros

Dentre os produtos que ficaram mais caros, destaca-se o óleo de soja. Apenas em Natal ele subiu 39,62%. Já em Goiânia o aumento foi de 36,18%, enquanto que em Recife o aumento foi de 33,97%.

O caso do óleo de soja, assim como outros, está relacionado com os baixos estoque que os mercados possuíam, em contraste com a alta demanda causada pela quarentena. Assim como o arroz, o preço também sofreu influência das exportações. 

Outro produto que também subiu e preço foi a carne bovina. Florianópolis foi mais uma vez a líder, com um aumento de 14,88%. Mais uma vez, a culpa recai sobre a alta demanda externa e a diminuição do número de animais para abate no país. 

Dólar é um inimigo

O governo brasileiro costuma vangloriar-se de que o país abastece todo o mundo. As exportações em excesso, no entanto, estão fazendo faltar comida na mesa dos brasileiros. Isso se deve, em muito, ao câmbio descontrolado atual. 

A moeda brasileira é a mais desvalorizada do mundo e, para o produtor, compensa mais vender em dólar. Ou o governo toma uma atitude, ou a fome voltará.