Copom acredita que pandemia ainda influenciará economia


O Comitê de Política Monetária do Banco Central resolveu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 2%. Segundo se apurou, a avalição do órgão é de que a pandemia terá efeitos heterogêneos sobre diversos setores da economia, tornando a retomada gradual.

Assim, essa demora para que a economia volte a crescer como um todo pode ajudar para que a inflação continue menor por mais tempo. Ao que consta, no entanto, os números relativos a inflação não para de subir mês a mês.

Serviços ainda patinam

O entendimento do Banco Central é de que o setor de serviços continuará apresentando maior ociosidade que os demais setores da economia. Isso, para o Copom, causaria uma pressão desinflacionaria, em razão da diminuição da demanda. 

Segundo o órgão, os dados apontam para uma recuperação econômica desigual entre as atividades. O auxílio emergencial permitiu que os setores de compras e bens duráveis se recuperassem de maneira mais forte. 

O distanciamento social e o temor causado pela ausência de uma vacina ainda fazem com que o setor de serviços patine. 

Retomada corre risco

A esperança era de que o Brasil começasse a se recuperar logo depois da onda mais severa da pandemia. A indústria e o setor de compras e bens, impulsionados pelo auxílio emergencial, foram os primeiros a demonstrar bons números.

A verdade é que os números foram tão positivos que chegaram a causar um impacto contrário ao desejado. Diante da alta demanda por produtos, principalmente alimentícios, os preços subiram e a inflação voltou a assustar a população. 

Por outro lado, o endividamento público do país é outro risco. Investidores temem que o país seja incapaz de pagar suas dívidas e investir no país é algo cada vez mais arriscado, ante a política econômica destrambelhada. 

Dia D

Nesta terça-feira (3) a eleição para o governo americano pode influenciar diretamente a economia brasileira. Joe Biden já afirmou que não tratará Bolsonaro como Trump.

Ainda que, na realidade, nada de bom tenha saído da relação, ao menos a proximidade entre os dois trazia mais confiança aos investidores estrangeiros.