A ara da última reunião do Banco Central mostrou mais do que os motivos que levaram o órgão a manter a taxa básica de juros em 2%. No documento também é possível ver que a inflação ao consumidor deve crescer no curto prazo.
A avaliação foi feita pelo Comitê de Política Monetária (Copom) que, apesar disso, manteve a taxa Selic em apenas 2%. A inflação deve subir e os consumidores já estão sentindo na pele essa subida nos supermercados e no preço dos materiais de construção.
Avaliação do Banco Central
O Banco Central avalia que a alta temporária de preços dos alimentos e a estabilização parcial dos preços dos serviços contribuem para a inflação. Além disso, há uma recuperação dos índices de atividade e mobilidade, o que também contribui.
Segundo o BC, ainda, houve redução das tarifas dos planos de saúde e, para outubro, é projetada uma queda no preço da gasolina, o que pode ajudar a equilibrar a inflação e diminuir os preços.
Alimentos são os vilões
Em apenas 12 meses o preço dos alimentos disparou 8,83%. A maioria deles não está saindo mais caro apenas nas gôndolas dos supermercados, mas também está com preço bem salgado no campo.
Contribui para isso o fato de haver uma demanda mundial crescente por comida e, principalmente, o câmbio descontrolado. O dólar cada vez mais alto faz com que, para o produtor, seja muito mais vantajoso vender para o exterior.
Economia em recuperação parcial
Com o afrouxamento da quarentena, a atividade econômica começa a se recuperar de forma gradual. A retomada de atividades está ocorrendo em cada vez mais setores e, com isso, o nível de atividade econômica tende a retomar patamares anteriores.
O Banco Central, no entanto, faz uma alerta para o próximo ano. Com o fim dos auxílios emergenciais e a incerteza que paira sobre a pandemia, a retomada da atividade econômica ainda não pode ser garantida.
Segundo o BC, essa imprevisibilidade pode tornar a retomada da economia mais gradual. Diante disso, não se deve esperar uma evolução econômica muito rápida.