Segundo informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a confiança dos investidores na indústria brasileira deve ter um salto no mês de setembro e alcançar um nível que só foi atingido na última vez em 2013, no governo de Dilma Roussef.
A prévia do índice que mede a confiança dos investidores na indústria, o ICI, sinaliza que ele deve avançar 7,2 pontos no mês de setembro, chegando a 105,9 pontos. A última vez que isso havia ocorrido tinha sido em janeiro de 2013.
Motivos para o aumento de confiança
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, o aumento da confiança decorre, principalmente, de uma avaliação positiva feita pelos empresários do cenário atual, assim como um maior otimismo com relação à economia para os próximos meses.
Assim como o índice de confiança, o Índice de Situação Atual cresceu 8,9 pontos, chegando a 106,7, enquanto que o Índice de Expectativa também avançou mais 5,5 pontos, totalizando 105,1.
Efeito quarentena
Quando a pandemia do novo coronavírus começou a causar os primeiros efeitos, todos esses índices recuaram sobremaneira. Isso se deu, principalmente, em virtude da quarentena forçada e da diminuição drástica de consumo.
Agora, entretanto, conforme as regras da quarentena vão se flexibilizando e as pessoas vão começando a retornar a vida normal, a confiança na produção industrial também começa a crescer, com vistas à volta do consumo em bom nível.
Incerteza e cuidado
Ainda que as expectativas estejam cada vez melhores, os investidores entendem que este é um momento de incerteza e instabilidade. Isso porque, sem uma vacina, fica difícil antever os rumos que a pandemia pode tomar em longo prazo.
Países desenvolvidos e nos quais há uma situação sanitária mais elaborada que a do Brasil, estão enfrentando dificuldades para o retorno. Em alguns deles, como a Inglaterra, já se cogitou o retorno da quarentena aos níveis do início da pandemia.
Dessa forma, fica claro que os próximos meses, apesar de iniciarem uma recuperação econômica gradual, também gerarão expectativa.
Com a atenção e o cuidado necessários, a produção industrial tem tudo para retornar aos níveis anteriores, mas é preciso atenção.