Dólar cai e petróleo devolve ganhos nesta terça


O dólar bateu, na manhã desta terça-feira (18), o seu menor nível em mais de dois anos contra moedas de economias desenvolvidas.

O dólar bateu, na manhã desta terça-feira (18), o seu menor nível em mais de dois anos contra moedas de economias desenvolvidas, mas também mostrou fraqueza frente a emergentes. 

O novo pacote de estímulos do Partido Republicano não impressionou investidores. Ainda, tensões entre Estados Unidos e China azedam o sentimento.

O petróleo devolve ganhos nesta manhã, esperando a divulgação de dados da American Petroleum Institute (API), que antecedem dados oficiais do governo americano por um dia.

Dólar

A perspectiva de que a perda de estímulo fiscal irá desacelerar a recuperação da economia americana feriu o dólar, ante a possibilidade de o Federal Reserve, o BC americano, ter que aliviar ainda mais sua política monetária.

Assim agindo, o Fed reduziria ainda mais o tradicional prêmio do dólar frente a outras moedas de reserva, a exemplo do iene japonês e o franco suíço.

Às 09:38, horário de Brasília, o Dollar Index (IDX), que mede a força da moeda frente a outras seis moedas de países desenvolvidos, registrou queda de 0,62%, levando o índice abaixo do menor nível em 28 meses.

O dólar também se desvalorizou frente ao yuan chinês em 0,22%, batendo o nível de US$ 6,9163 nesta manhã.

A queda do dólar torna metais preciosos mais atrativos para investidores fora dos Estados Unidos, uma vez que seus preços são indexados em moeda americana. 

Assim, ouro e prata sobem, com o ouro superar a marca dos US$ 2.000 por onça.

No Brasil, o dólar abriu o dia em queda de cerca de 1%, cotado a R$ 5,43 no início do pregão. 

Assustam investidores as novas tensões entre EUA e China envolvendo a Huawei e o registro de novos casos de coronavírus na Coreia do Sul, que corre o risco de uma segunda onda.

Petróleo

À tarde, serão divulgados os inventários de petróleo nos Estados Unidos pela API. Analistas esperam uma queda nos estoques, após acumulação no segundo trimestre ante a fraca demanda.

Quanto aos dados oficiais, que sairão na quarta-feira (19), especialistas projetam uma queda de 2,48 milhões de barris, o que seria a quarta queda nas últimas semanas.

Os contratos de WTI caem 0,37% e os do Brent declinam marginalmente em 0,02%.