A pandemia do novo coronavírus teve um grande impacto na economia brasileira. Por isso mesmo, muitos trabalhadores viram as empresas em que atuavam fechando suas portas ou, ainda, os salários serem diminuídos gradativamente.
Para aqueles que estavam desempregados, ou para os que começaram a sentir os efeitos mais pesados da crise, uma opção foi buscar empreender. Foi nesse cenário que o Brasil viu crescer, durante a pandemia, o número de microempreendedores individuais – MEIs.
Os números
Segundo o Portal do Empreendedor do Governo Federal, desde março, quando a pandemia teve início, 985 mil trabalhadores se registraram como MEIs. Com isso, o Brasil chegou à 10,775 milhões de empreendedores.
No ano todo, o saldo positivo de registros já é de 1,3 milhão, o que já supera o mesmo período do ano passado. O patamar atual de registros também aponta para um crescimento de 14%, em relação ao ritmo de registros verificado em dezembro.
MEI
MEI é um regime de atuação do trabalhador com uma regulamentação tributária simplificada, inclusive com a isenção de alguns impostos. A ideia era incentivar a formação de pequenos negócios, principalmente de vendedores e autônomos.
A partir do registro realizado, o trabalhador recebe um CNPJ e, por isso, pode começar a receber valores, emitir notas fiscais e, inclusive, ter acesso a benefícios previdenciários, como até mesmo a aposentadoria.
Desemprego força o crescimento dos MEIs
Não adianta, entretanto, achar que os microempreendedores individuais estão crescendo em virtude de novas oportunidades ou de exclusivamente de sua vontade de se tornarem empreendedores independentes.
O número de empregos formais no Brasil vem despencando faz algum tempo e até julho já havia acumulado 1,92 milhão de demissões. Essas pessoas, sem emprego, ajudam a inflar o número de microempreendedores individuais registrados.
MEIs movendo a economia
Seja por vontade ou por necessidade, a verdade é que os MEIs têm sido responsáveis por fazer a economia do país girar. Das 19,289 milhões de empresas atuando no Brasil hoje, 55% são de microempreendedores individuais.
Dessa maneira o trabalhador brasileiro encontrou uma forma de driblar a crise e voltar a produzir.