A quarentena colocou praticamente todo mundo em casa. Com esse tempo livre, o brasileiro viu a chance de realizar pequenos consertos ou fazer as adequações necessárias em casa. O problema ele encontrou na hora de comprar o material de construção.
A construção civil é um dos principais motores econômicos do país há alguns anos. Para se ter uma ideia, mesmo em meio a uma pandemia global, as indústrias do setor tiveram o melhor índice de atividade para o mês de julho dos últimos outo anos.
Celeiro de empregos
Enquanto muitas empresas precisaram demitir em meio a pandemia, o setor da construção civil passou a contratar e serviu como tábua de salvação para muita gente que havia perdido a fonte de renda durante a quarentena.
Nesse cenário, o governo federal também liberou os números de empregos e o setor conseguiu um saldo positivo de 5,3 mil vagas abertas no mês de julho. Tudo isso fez com que o setor ocupasse lugar de destaque na economia nacional.
Nem tudo são flores
Esse momento positivo para a construção resulta em uma alta demanda por produtos básicos no mercado. Com isso, veio também o problema da alta de preços e da inflação.
Somente no mês de agosto, a inflação no segmento chegou a 0,88%, valor que é o maior desde o ano de 2014. Segundo Geraldo Linhares, presidente do Sinduscon-MG, o aumento abusivo de preços é algo comum, mas o consumidor paga a conta.
Segundo ele, houve aumento no preço do cimento, do aço, dos canos de PVC e de cabos, o que fez com que o custo unitário básico subisse 1,69%.
Alta demanda
Para os próximos meses, entretanto, a perspectiva é de queda da demanda, principalmente em virtude da diminuição do valor do auxílio emergencial que foi pago pelo governo até agora. Com isso, os preços devem começar a regredir gradualmente.
Para Linhares, os preços não devem voltar aos patamares anteriores à pandemia e isso resultará em valores mais salgados para o consumidor na hora de adquirir um apartamento ou casa na planta, por exemplo.