Indicador de emprego sobe em agosto, diz FGV


Segundo a Fundação Getúlio Vargas – FGV, o Indicador Antecedente de Emprego subiu 8,8 pontos

Segundo a Fundação Getúlio Vargas – FGV, o Indicador Antecedente de Emprego subiu 8,8 pontos entre os meses de julho e agosto. A diferença fez com que, agora, a pontuação atual do IAEmp subisse para 74,7 pontos. 

O resultado representa mais um avanço consecutivo no índice de empregos, o quarto. Entretanto, ainda que os números sejam positivos, ainda não foram suficientes para recuperar as perdas que se acumularam entre os meses de fevereiro e abril desse ano. 

O pior já passou

Segundo Rodolpho Tobler, economista que atua no instituto de economia da FGV, os números demonstram a manutenção de uma trajetória positiva, o que indica que o pior momento do mercado e para a economia ficou para trás, no início da pandemia. 

Ele salientou, entretanto, que apesar de os próximos meses terem uma boa tendência de números positivos, é possível que a retomada seja lenta. Também é preciso ficar atento pela instabilidade que ronda a retomada, pois a pandemia persiste.

Por fim, é importante lembrar que, a partir de agora, com a diminuição e provável fim dos benefícios dados pelo governo federal, a tendência é que a economia volte a contrair, não havendo como se ter certeza sobre o impacto disso sobre os empregos. 

Desemprego caindo devagar

Já o Indicador Coincidente de Desemprego recuou apenas 0,8 pontos no mesmo período. A melhora, apesar de ser positiva, ainda está longe de se aproximar do patamar existente pré-pandemia. 

Os números do Indicador Antecedente servem para mostrar a expectativa que se tem da criação de novos postos de trabalho, enquanto que o Indicador Coincidente demonstra uma taxa semelhante à de desemprego. 

Os números demonstram que a economia vem se recuperando, no entanto, a velocidade com que isso está ocorrendo ainda é muito pequena. 

Retomada

A expectativa para os próximos meses, segundo apontam os números, é a de que a economia volte a crescer de forma gradual, com um aumento da atividade comercial e a volta da geração de empregos. 

Porém, é importante lembrar que, sem uma vacina, tudo isso depende dos cuidados e disseminação do vírus.