Na manhã deste sábado (29), o Ministério da Economia informou que os Estados Unidos reduziram a cota para compra de aço brasileiro semiacabado. Apesar disso, o ministério não informou qual seria a possibilidade de compra que os americanos ainda teriam.
Com isso, o Brasil enfrenta mais um problema em sua já combalida economia. Isso porque os EUA são um parceiro de longa data na compra de aço e a diminuição da cota tende a refletir negativamente nas exportações brasileiras.
Trump não quer perder nada
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, apesar da diminuição da cota de importação, ainda estariam mantidas a isenção de tarifas no comércio bilateral entre os dois países.
Já em 2018, Donald Trump havia fixado tarifas sobre o alumínio e aço importados pelos Estados Unidos. Naquela época, o Brasil já estava na lista dos países prejudicados pela ação do mandatário americano.
O Brasil, então, negociou sobre o aço semiacabado, trocando o valor das tarifas por cotas equivalentes de exportações. Tinha funcionado até agora, mas aí, Trump decidiu também alterar as cotas de importação.
Como funciona a cota de importação
A cota de importação determina quanto o Brasil pode exportar de aço semiacabado para os Estados Unidos sem precisar pagar tarifas sobre a transação.
O governo brasileiro, então, agora aguarda que o setor siderúrgico americano comece a se recuperar. Isso porque a ação de Donald Trump demonstra mais um caso da política protecionista que tem sido adotada por ele nos últimos anos.
Com a recuperação adequada da economia dos dois países, são grandes as chances de que as relações bilaterais entre os dois resultem no retorno de cotas de importação mais adequadas.
Protecionismo e crise econômica
Apesar de o Brasil não ter uma política protecionista e estar, principalmente com o governo atual, sempre disposto a receber exploração ou investimentos estrangeiros, no resto do mundo não é assim.
A crise econômica fez com que muitos países vissem sua economia interna ser esfacelada. Por isso mesmo, os governantes estão investindo na proteção de seus produtos internos, colocando empecilhos para as importações.