Durante reunião dos líderes do grupo denominado BRICS, composto pelo Brasil, pela Rússia, pela Índia, pela China e pela África do Sul, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro afirmou que os países integrantes do referido grupo possuem papel fundamental na retomada da economia.
Diante de um cenário de pandemia mundial decorrente do vírus Covid-19, Bolsonaro afirmou que a atuação conjunta dos países do BRICS no que se refere a medidas de cooperação entre os mercados das nações integrantes do bloco.
Tal cooperação internacional se daria, contudo, com base em um respeito mútuo às soberanias nacionais de cada país, conforme declarou o presidente do Brasil na primeira cúpula do BRICS realizada de maneira remota e virtual, conforme as recomendações de distanciamento social.
Necessidade de reformas nas entidades internacionais
Durante seu espaço de fala, Bolsonaro enfatizou que é preciso um esforço coletivo para viabilizar mudanças estruturais em entidades internacionais tais quais a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo ele, a real integração da comunidade internacional depende de reformas nessas organizações, o que seria de fundamental importância para a retomada do crescimento global.
Tal crescimento se daria por meio de propostas de redução de subsídios para bens agrícolas, assim como é feito em relação a promoção de comércio de bens industriais.
Ainda, o presidente do Brasil criticou a atuação da OMS no quesito de “politização do vírus”, afirmando que a pandemia está sendo enfrentada por esforços centrais da próprias coordenações das nações, e não por conta de organismos internacionais.
Variância entre momentos de diplomacia e de afronta
Quanto à pandemia, Bolsonaro garantiu que os melhores esforços estão sendo feitos para buscar uma vacina segura e eficiente, defendendo a atuação simultânea nos âmbitos da saúde e da economia, em conformidade com os demais países, o que demonstrou traços de diplomacia em seu discurso.
Por outro lado, o presidente brasileiro voltou a adotar postura de afronta ao reclamar das críticas sofridas em relação à preservação amazônica e prometer revelar nomes de países que importam madeira de forma ilegal e contribuem para a situação atual da Amazônia.