O Brasil está sendo visto no mundo todo como um navio que afunda lentamente. As incertezas sobre o equilíbrio fiscal do país fazem com que muitos investidores prefiram evitar o país. Muito disso se dá com gastos que parecem exagerados.
A preocupação maior é a de que a dívida pública do país esteja saindo do controle. Essa não é bem uma dúvida. Isso porque a dívida já atingiu 90% do Produto Interno Bruto – PIB e, pelas projeções, com Bolsonaro no poder, deve chegar a 100% em 2026.
Resultado da desconfiança
Com a preocupação em alta, a curva de swaps, que são os juros futuros, está cada vez mais inclinada. Par tentar equilibrar a situação, o governo tem abarrotado o mercado de títulos com vencimento em curto prazo. Sem resultado.
Com isso, as previsões para as taxas de juros de médio e longo prazo estão aumentando. Muito disso devido ao ceticismo do mercado de que Bolsonaro tenha, em algum momento, pulso para controlar uma economia da qual não entende nada.
Ideias mirabolantes pioram a situação
Na escalada populista que tomou o governo nos últimos meses, o projeto do programa Renda Cidadã foi o ápice. O governo quer um programa social que possa substituir o Bolsa Família e, de uma só vez, apagar Lula da história e fazer campanha para reeleição.
O problema é que o país não tem dinheiro. Então, o Ministério da Economia procurou alternativas para bancar o negócio. Dar calote em precatórios, congelar salários públicos e benefícios do INSS foram apenas algumas das ideias mirabolantes.
Com isso, o mercado ficou ainda mais receoso.
País à deriva
A retomada econômica em V que o Ministério da Economia vive defendendo ainda não ocorreu. A indústria, principalmente, viu sua demanda aumentar, mas por motivos alheios ao governo. De qualquer modo, esbarrou também na falta de insumos.
Enquanto isso, o governo está focado nas eleições municipais, em discussões anti-vacina e em viagens em ritmo de campanha eleitoral pelo país. Para os investidores, um cenário que faz com que levem seu dinheiro para longe.