Banco Central já queimou US$ 23,4 bilhões para tentar deter o dólar


Em meados de 2015 circulava pelo país a notícia de que o Brasil estava falido. A ideia, no momento em que se deu o impeachment de Dilma Roussef, era que o país não tinha quaisquer condições econômicas para sobreviver. 

Porém, um legado deixado pelos governos petistas foi um fundo de bilhões de dólares voltado exclusivamente para questões de crise. Foi esse dinheiro que financiou os gastos com a pandemia e está sendo queimado para tentar controlar a flutuação do dólar. 

Venda de reservas internacionais

Na quarta-feira (28), o Banco Central entrou no mercado e negociou US$ 1.042 bilhão, o que fez com que a moeda americana recuasse cerca de 7 centavos. Desde que a pandemia se iniciou, o país vem vendendo dólares para tentar controlar o câmbio.

A ideia não é fazer com que a moeda americana caia, mas sim, ao menos, impedir que ela dispare muito rapidamente. Ou seja, ainda que consiga segurar o dólar por um pequeno período, o efeito é meramente paliativo. 

Desde março a instituição já queimou US$ 23,451 bilhões das reservas internacionais do país. Mesmo assim, o real é a moeda que mais se desvalorizou no mundo quando colocada em confronto com a moeda americana. 

Banco Central tenta todas as alternativas

Outras opções encontradas pelo banco foi a venda de Swaps e algumas operações de linha, na qual vendia dólares, mantendo um compromisso futuro de recompra. A venda de dólares futuros ajuda a conseguir algum resultado sem mexer nas reservas. 

No caso do leilão de swaps, o Banco Central conseguiu renovar alguns contratos que tinha vencimento previsto para o início do mês de dezembro. A ideia é tentar evitar uma pressão adicional do dólar cada vez mais alto sobre o real.

País está sem credibilidade

 O grande problema é que o Brasil, no cenário internacional, está cada vez mais enfraquecido. Sem credibilidade, o país tem visto os investidores fugirem e o dinheiro ficar cada vez mais escasso.

A moeda americana, em contrapartida, ganha cada vez mais terreno em uma economia ainda mais combalida.