A Fundação Getúlio Vargas divulgou dados de seu último estudo, dando conta que a confiança do consumidor no país caiu no mês de outubro. Esta é a primeira queda desde o mês de abril, quando a pandemia enfrentava o seu momento mais duro.
Agora, ainda com incertezas em relação à Covid-19, com o dólar nas alturas e o fim dos programas sociais se aproximando, cada vez fica mais difícil para o consumidor manter-se confiante em um bom futuro próximo.
Os números
O Índice de Confiança do Consumidor caiu de 83,4 para 82,4 pontos no mês de outubro. A queda colocou fim ao processo de recuperação que havia se iniciado no mês de maio.
A FGV apontou, ainda, que os consumidores também diminuíram as perspectivas para os próximos meses. O índice de expectativas recuou 1,3 pontos e chegou a 90.2.
Esse índice, que mede o otimismo do consumidor, foi crucial para que houvesse uma queda no índice geral em outubro. Diante de tantas incertezas, o consumidor percebeu que não pode ficar tão tranquilo e começa a duvidar do futuro.
O índice de situação atual, por exemplo, perdeu 0,2 ponto e chegou a 72,4.
Incertezas dão a tônica
Ainda que o número de mortes tenha diminuído no Brasil, ainda há muita incerteza sobre o que pode acontecer no futuro. O ritmo da retomada econômica parece bom, mas o fim de auxílios emergenciais e programas de emprego preocupa.
Nesse cenário, aqueles consumidores que tem menores fontes de renda são os mais ressabiados. Ainda que todas as faixas de renda tenham diminuído a confiança, é essa faixa que precisa lidar mais fortemente com os problemas.
País em crise
Para o final de dezembro está previsto o fim do pagamento dos auxílios emergenciais. Isso deve retirar do mercado uma grande quantidade de dinheiro. Por isso a preocupação é muito grande.
Para ajudar, as reformas não saem do papel, o dólar disparou e o país está cada vez mais endividado. Tudo isso contribui para um cenário de incerteza e de dificuldade na manutenção da confiança consumerista.