A pandemia trouxe diversos problemas para as empresas brasileiras. No entanto, um ponto que chamou a atenção é que algumas conseguiram fazer uma limonada com os limões. Com isso, conseguiram digitalizar serviços e aumentar sua eficiência.
O problema que pode decorrer disso é que, quando as coisas voltarem ao normal, essas empresas podem entender que precisam de menos empregados. Isso pode ser um grande problema em um país que já conta com 14 milhões de desempregados.
O home office
Um dos casos mais emblemáticos é o do home office. Trabalhando em casa, muita gente viu a oportunidade de diminuir custos operacionais de empresas. Também pudera, manter prédios com ar condicionado ligado 100% do tempo tende a ser caro.
Mais ainda, os funcionários se adaptaram e muita gente viu crescer os resultados. Com isso, aqueles empregados que tinham funções ligadas aos lugares físicos, como limpeza e segurança, podem ter seus postos ameaçados.
Nada mais será igual
No ramo imobiliário já se especula que haverá uma diminuição nos preços dos imóveis alugados para empresas. Isso porque se prevê uma diminuição da estrutura física. Com os profissionais trabalhando em casa, não há motivo para escritórios tão grandes.
Com lugares menores, os profissionais de menor escolaridade estão ameaçados. Manobristas, porteiros, seguranças, auxiliares de limpeza e de serviços gerais. Todos ocupam lugares dependentes de uma grande estrutura.
Um mar de desempregados
Com isso, os números indicam que os de menor escolaridade tem sido os mais atingidos pelas demissões. Sem emprego, com pouca escolaridade e sem perspectiva, muitos tem optado por tentar empreender e abrir seus próprios negócios.
Aí surgem os outros problemas. Essas pessoas não tem dinheiro para investir e pouco ou nenhum treinamento comercial. A aventura pode ser um sucesso para alguns, mas para a grande maioria será um interminável ato de enxugar gelo.
Governo federal precisa agir
O Brasil tem espaço para a criação de industrias variadas. Somos os maiores produtores de commodities do mundo e há muito espaço para crescimento.
No entanto é preciso vontade política e um plano de recuperação econômica eficiente.