O Brasil passa por um momento climático ímpar. A onda de calor que atingiu o país pode causar estragos ferrenhos à economia. Esse é só mais um ingrediente para uma situação econômica que está bastante complicada, em razão da pandemia.
No Mato Grosso do Sul uma tempestade, na noite de sábado, trouxe um pouco de umidade para o estado. No entanto, os estragos da onda de calor prolongada já estavam feitos, na saúde das pessoas, dos animais e também da economia do estado.
Onda de calor prejudica a economia
Segundo a Embrapa, as ondas de calor que ocorrem no país costumam ter impactos severos na economia. No ano de 2019, a onda de calor causou um prejuízo de R$ 15 bilhões no Rio Grande do Sul. Já o Paraná perdeu cerca de R$ 10 bilhões.
As perdas decorrem da diminuição da capacidade de produção agrícola em virtude da seca. Para 2020 o prognóstico não é bom, pois a onda de calor que atingiu o país pode ser considerada a pior de todos os tempos. Ou seja, os prejuízos serão imensos.
Perdas para todos os lados
A cidade de Bastos, no interior de São Paulo, é responsável pela produção de 30% dos ovos que abastecem o estado. Durante a onda de calor os produtores perderam mais de 1 milhão de aves, que não resistiram aos efeitos climáticos.
Isso, consequentemente, já resultou na diminuição da produção e no provável aumento dos preços.
O plantio de soja também está atrasado em diversos locais do país. Ainda que a grande maioria do produto vá para o exterior, o que sobrar por aqui ou perderá em qualidade ou subirá de preço, ou os dois.
Logo, entendemos que queimar as flores não parece boa ideia.