Apesar de Jair Bolsonaro dizer que é um grande amigo e aliado de Donald Trump, quando a questão é econômica, a amizade parece ser um pouco tóxica para o brasileiro. Isso porque os EUA já tiveram muitos benefícios sobre os inertes brasileiros.
A última demonstração de que essa relação não é tão amistosa assim se deu com o anúncio feito pelos americanos de que aumentará, de 48.33% par 135,63% a tarifa sobre a importação de alumínio. 18 países serão atingidos, entre eles o Brasil.
Proteção ao próprio mercado
Donald Trump faz o que o governo brasileiro não tem interesse em fazer. Segundo um estudo preliminar realizado pelos americanos, os países envolvidos estariam exportando produtos com preços muito inferiores ao de mercado.
A prática, chamada de dumping, estaria prejudicando os produtores americanos. Por isso, a elevação da taxa seria necessária, para equilibrar as coisas e proteger os produtores americanos, que estariam em desvantagem contra preços irreais.
O tamanho da perda brasileira
Com a taxa praticamente triplicando de valor, o Brasil tende a sentir os impactos futuros. Porém, há tempo para se preparar, pois o parecer deve ficar pronto apenas no inicio de 2021.
Segundo os dados, no ano de 2019, os EUA importaram o equivalente a US$ 97 milhões em chapas de alumínio produzidas no Brasil. Dos 18 países, os americanos gastaram um total de US$ 1,96 bilhão com a importação do material.
Governo brasileiro disse estar atento
O Ministério da Economia afirmou estar acompanhando o processo americano e colaborado com os exportadores brasileiros e com o Ministério da Relações Exteriores. A ideia é proteger a capacidade de exportação brasileira.
O ministério afirmou, ainda, que, caso os EUA venham a utilizar-se de medidas antidumping, os brasileiros podem recorrer e solicitar revisões administrativas. A ideia é adaptar-se às novas regras que forem impostas pelos americanos.
Por outro lado, a Associação Brasileira do Alumínio manifestou preocupação com a escalada de restrições que os Estados Unidos têm imposto aos parceiros comerciais.
Os americanos, no momento de crise, como sempre fizeram, vão defender os seus próprios negócios.