Frente parlamentar tenta incluir servidores atuais na reforma administrativa


A Frente Parlamentar  Mista da Reforma Administrativa propôs, hoje, que os atuais servidores, bem como magistrados, promotores e procuradores do Ministério Público e parlamentares atuais também sofram as mudanças da reforma.

O Governo Federal enviou um projeto para o Parlamento no início do mês de setembro, mas com a previsão de que a alteração deva atingir apenas os servidores que entrarão no serviço público após a aprovação da nova regra. 

No evento estavam presentes o presidente da câmara, Rodrigo Maia, e também o ministro da economia, Paulo Guedes. 

Militares continuam protegidos

Os militares, que são responsáveis por grande parte dos gastos federais, principalmente com pensões e salários, como sempre, não foram lembrados pelos parlamentares. Assim, continuariam sendo protegidos e não entrariam na reforma. 

Guedes tenta mostrar que selou a paz com Maia

Depois de algumas trocas de farpas públicas com Rodrigo Maia, o Ministro da Economia resolveu contemporizar. Em seu discurso, afirmou que o Brasil precisa estar acima de quaisquer diferenças que as pessoas tenham.

Disse ainda que as diferenças entre ele e Mais têm sido todas muito pequenas. 

Maia fala em direito adquirido

Quando os servidores atuais entraram no serviço público havia outras regras e, os benefícios, fazem parte dessas regras. Da mesma forma que o fato de os servidores, por exemplo, não poderem contar com FGTS, ao contrario dos trabalhadores privados. 

Diante disso, Rodrigo Maia afirmou que a ideia de incluir pontos que possam afetar o direito adquirido dos servidores pode ser um problema. Isso porque a proposta pode atrasar, em virtude da judicialização da discussão. 

A proposta, atualmente, aguarda o retorno das atividades da Comissão de Constituição e Justiça. 

Servidores continuam temerosos

Os servidores não tem aumento real de salário há muitos anos. Para os próximos, a expectativa é ainda pior. Por isso, a reforma paira como uma nuvem escura sobre as cabeças dos trabalhadores.

Isso porque eles sabem que, mesmo que a proposta seja para incluir juízes, promotores e parlamentares, no fim, a corda tende a arrebentar do lado mais fraco e s servidores comuns são alvo.