Flexibilização da quarentena leva o comércio a bater recorde em agosto


A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus vem causando muitos estragos. No entanto, a flexibilização da quarentena ajudou o setor do comércio em agosto, fazendo que batesse recorde de vendas e desse indícios de recuperação.

Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no mês de agosto o setor demonstrou um crescimento de 3,4% nas vendas. No mês anterior, julho, o setor já tinha demonstrado força, crescendo 5%.

Os números indicam também que as vendas no varejo atingiram o maior patamar da série histórica. Com a eliminação das restrições e o afrouxamento da quarentena, os indicadores não param de subir. 

A queda foi grande

Apesar dos bons números atuais, o comércio ainda está se recuperando da grande queda que ocorreu no início da pandemia. Somente no mês de abril o comércio brasileiro enfrentou uma queda de 16,8%.

Assim, a retomada de crescimento tem ajudado o setor a se recuperar, mas anda não se chegou ao patamar pré-crise. A ideia é que essa evolução continue, conforme as barreiras sanitárias vão sendo depostas. 

Falta matéria-prima e insumos

A velocidade de recuperação do comércio, no entanto, não está sendo acompanhada pela indústria. O setor tem reclamado da dificuldade para encontrar insumos e matéria-prima para a fabricação de produtos.

A situação se complica ainda mais, pois os insumos que são encontrados à venda estão com preços mais altos. Esses valores elevados tendem a ser repassados para o consumidor, quando o produto finalmente chega ao comércio. 

Temor para os próximos meses

Com quase 14 milhões de desempregados, o Brasil teve um impulso para ajudar na retomada do comércio com o pagamento do auxílio emergencial. No entanto, ele já tem os dias contados e isso começa a preocupar o setor.

Com a queda de R$ 600 para R$ 300 em setembro, o setor deve começar a sentir os primeiros impactos quando saírem os números de setembro. Para dezembro, no entanto, já se sabe que o auxílio deixará de ser pago.

O comércio aproveita agora, mas teme o próximo ano.