Auxílio emergencial pode ter sobrevida


Muita gente está preocupada com o fato de que o auxílio emergencial já tem data para acabar.

Muita gente está preocupada com o fato de que o auxílio emergencial já tem data para acabar. Segundo o governo federal, em dezembro de 2020 será paga a última parcela do auxílio que foi criado para ajudar os desamparados em meio a pandemia. 

No entanto, auxiliares do ministro da economia, Paulo Guedes, já têm estudado de maneira muito séria uma maneira de estender o benefício para o próximo ano. Ainda que o país esteja endividado, a ideia é continuar pagando o auxílio. 

População depende do auxílio

Segundo um dos auxiliares da pasta, que preferiu não se identificar, a avaliação interna é que não seria possível baixar o auxílio emergencial para zero no fim de 2020. Isso porque muitas famílias ainda dependem exclusivamente do benefício. 

O dano a essa população que é tão carente do benefício poderia ser catastrófico. Por isso a ideia é buscar alternativas para que se possa manter o pagamento do auxílio, sem, contudo, furar o teto de gastos que está cada vez mais baixo. 

Remanejar recursos

 A ideia primordial do governo e a qual ele sempre retorna é remanejar recursos. De preferências, esses recursos deveriam sair da área da educação, principalmente do FUNDEB, o fundo para a educação básica. 

Esse fundo é o algo principal porque a educação não precisa respeitar o teto de gastos. Logo, usando o dinheiro do FUNDEB o governo poderia gastar o quanto quisesse, sem se preocupar em ser responsabilizado posteriormente. 

Não há dinheiro

A dificuldade que Paulo Guedes está encontrando para viabilizar o programa Renda Cidadã se aplica também à possibilidade de estender o auxilio emergencial. O governo não sabe de onde tirar dinheiro para financiar qualquer uma das duas opções. 

A última ideia foi estabilizar o salário dos servidores públicos que ganham mais de R$ 39 mil. A ideia é muito boa, mas os tais servidores são juízes, promotores e políticos. Logo, dificilmente essa ideia prosperará. 

As outras opções descartadas foram usar dinheiro do abono salarial, congelar benefícios do INSS e dar calote nos precatórios.

Sem dinheiro, parece quase impossível que o auxilio seja realmente prorrogado.