As industrias automobilísticas que atuam no Brasil contam hoje com quase 7 mil funcionários que se encontram fora das fábricas. Com os contratos suspensos, eles aguardam o retorno das atividades econômicas, para que possam voltar a trabalhar.
No entanto, os recentes indicadores econômicos, que apontam para um ano de 2020 menos pior do que o esperado para o setor, não devem ajudar a salvar empregos. A perspectiva é de que muitas demissões ocorram ainda.
Programas de demissão voluntária
Para não ter que pagar todos os custos decorrentes de uma demissão, as fabricantes de automóveis têm investido em programas de demissão voluntária. Assim, buscam atrair um bom número de adesões para, somente depois, pensar nas demissões.
A ideia das empresas seria conseguir que todos os que estão com contratos suspensos aderissem, mas elas sabem que isso é impossível. Então, busca-se diminuir uma quantidade significativa de danos.
Setor de automóveis sofreu
A pandemia fez estragos em diversos setores econômicos e no ramo dos automóveis a situação não foi diferente. A produção de veículos diminuiu 44,8% até o mês de agosto, se comparado com o mesmo período do ano passado.
Atém disso, houve uma diminuição de quase 5% na mão de obra empregada. Assim, o setor passou a empregar 103,3 mil trabalhadores, depois de ter fechado 4 mil postos. Ainda assim, os contratos suspensos ainda mantiveram os trabalhadores por algum tempo.
Efeito dominó
O problema de o setor de fabricação de automóveis começar a demitir é que isso, invariavelmente, resultará em uma diminuição nos quadros de trabalhadores das fábricas que atuam na produção de componentes, por exemplo.
Atualmente, acredita-se que mais de 15 mil pessoas já perderam seus empregos no setor de autopeças. Nesse caso, ao contrário das grandes montadoras, não há programas de demissão voluntária ou algo que o valha.
Retomada ameaçada
A pandemia ainda assombra a economia mundial. A Itália acaba de anunciar que voltará a fechar-se e a ameaça de que isso possa voltar a acontecer é igual em todos os países.
Sem uma vacina, muita gente tem decidido segurar o dinheiro que tem.