Bolsonaro diz que Guedes manda na economia, mas não é bem assim


Jair Bolsonaro foi eleito dizendo que não sabia absolutamente nada de economia e que quem decidiria tudo seria Paulo Guedes.

Jair Bolsonaro foi eleito dizendo que não sabia absolutamente nada de economia e que quem decidiria tudo seria Paulo Guedes. Com o mandato em andamento, no entanto, não foram poucos os momentos que o capitão deu seus pitacos na área econômica.

O último problema para Guedes tem sido a virada populista de Jair Bolsonaro nos últimos meses. Defensor do liberalismo e da menor participação do Estado na economia, Guedes e sua equipe estão se desdobrando para tentar encontrar fontes para o Renda Cidadã. 

Com a situação ficando cada vez mais tensa, Bolsonaro resolveu fazer um afago público ao ministro. Por isso, afirmou que Paulo Guedes é quem tem a palavra final sobre qualquer política econômica. 

Renda Cidadã é uma pedra no sapato

O problema de Guedes é que Bolsonaro encontrou, nos auxílios emergenciais, uma forma de melhorar sua popularidade. O presidente, então, insiste agora na criação de um programa nos moldes do Bolsa Família. 

Programas sociais vão contra tudo que Paulo Guedes defendeu durante toda a vida. Pressionado, no entanto, ele tem procurado alternativas que permitam financiar o programa. No entanto, com o país em crise, não há de onde tirar os valores. 

O afago de Bolsonaro veio depois de um dos muitos desmentidos da equipe econômica nos últimos tempos. 

Economia brasileira se move pela opinião das redes

Nas últimas semanas tem se percebido que a área da Economia adotou o mesmo estilo de Bolsonaro. Uma informação é vazada e ela vai em frente a depender de como reage a opinião pública. Se a reação for forte, recua, se for fraca, continua. 

Assim, congelar benefícios do INSS para financiar renuncia fiscal de empresas foi descartado, por ora. Da mesma forma, Guedes disse que não deixará de pagar precatórios para fazer com que a Renda Cidadã saia do papel. 

Educação na mira

Dentre todas as possíveis fontes, o Fundeb é aquele mais recorrente entre os ameaçados. O governo já ameaçou mais de uma vez usar o dinheiro da educação para financiar programas, e tem visto diminuírem as reações adversas. 

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