Petrobrás vende mais campos e continua desmonte


O governo federal continua seu projeto de desmonte dos bens públicos pertencentes a União.

O governo federal continua seu projeto de desmonte dos bens públicos pertencentes a União. A Petrobrás, empresa pública que dá lucros desde sempre, é um dos maiores alvos do ministério da economia e, nessa semana, perdeu mais uma parte de sua influência.

Com isso, o Brasil perde mais um pouco do acesso que tinha à petróleo e continua sua caminhada rumo a dependência estrangeira. Considerando a forma com que o câmbio tem sido tratado, e o dólar valendo quase R$ 6, a esperança é que não seja preciso importar. 

Polo Lagoa Parda

A Petrobras abriu mão de sua participação nas ações dos campos terrestres do polo que é localizado em Lagoa Parda, no estado do Espírito Santo. Por US$ 10,85 milhões, a Imetame Energia comprou os campos e agora é dona de tudo o que há lá. 

O polo Lagoa Parda conta com três campos: Lagoa Parda, Lagoa Piabanha e Lagoa Parda Norte. Antes da venda, os três juntos produziam 113,4 barris de óleo por dia. Além disso, 1,7 mil metros cúbicos de gás natural já haviam sido produzidos entre janeiro e agosto. 

Agora, o país abre mão de um dos polos mais interessantes na questão da produção e a Petrobrás perde um pouco mais de sua capacidade de mercado. 

Projeto de governo

A ideia de estado mínimo proposta pelo governo federal já explica os motivos para a venda de unidades como as da Lagoa Parda. No entanto, não parece interessante para o país livrar-se de uma fonte de dinheiro permanente. 

Segundo o Ministério da Economia , a venda é apenas parte de um processo de melhor alocação de recursos pelo governo federal. 

Para onde vai o dinheiro

O dinheiro recebido pelo governo federal é alto pelo polo. No entanto, não há certeza sobre como será investido esse dinheiro. 

As opções são muitas: financiar o renda cidadã, projeto eleitoral de Bolsonaro para 2022, virar contraponto para desoneração da folha de empresários ou, como já aconteceu com doações para combater a covid-19, ser desviado para algum projeto de Michele. 

E o Brasil continua diminuindo.