A pandemia está começando a arrefecer e as coisas, aos poucos, começam a voltar ao normal. No entanto, o que o consumidor tem percebido é que os preços não param de subir. Depois da disparada do preço do arroz, no Ceará agora sobe também o pão.
Segundo o Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria do Estado, o custo dos produtos que são produzidos com trigo subiu 12,5%. Assim, o consumidor já tem visto os preços maiores começarem a aparecer nas padarias do Estado.
Pão mais caro
Com os custos de produção mais altos, as padarias já estão repassando para os consumidores os seus gastos. O quilo médio do pão, que era comercializado a R$12, agora está sendo vendido por R$13,50. Mas os reajustes variam.
Uma análise feita nas padarias do Estado demonstrou que o reajuste é variável e pode ir de 10% a 15%. Isso porque cada empresa tem liberdade para repassar seus custos ao consumidor da maneira que melhor entender.
Trigo é dólar
Como costuma dizer o ex-ministro da fazenda Ciro Gomes, trigo é dólar. Ou seja, a alta atual do câmbio tem pressionado as padarias. Isso porque o trigo é um dos itens mais interessantes para exportação e, hoje, exportar vale muito a pena.
Segundo o presidente do Sindipan, durante o ano houve uma manutenção dos preços, mas agora não há mais como segurar. O sindicato conta com 1800 filiados, o que demonstra que o Estado inteiro deve sofrer com a alta de preços.
Uma saca de trigo no início do ano era vendida a R$ 87. Esse valor, referente a uma saca de 50 kg, foi subindo durante o ano e agora está sendo vendida a R$153. As panificadoras ainda estão segurando alguns reajustes, então, o preço pode aumentar.
Perspectiva ruim
Ainda que o auxílio emergencial tenha ajudado a manter o poder de consumo de muitas pessoas, as perspectivas não são boas. Isso porque o auxílio acaba em dezembro e não há expetativa de criação de empregos.
Uma retomada econômica efetiva pode ajudar na baixa.