Governo faz a dívida brasileira chegar a R$4,412 trilhões


O governo federal tem atuado para combater os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.

O governo federal tem atuado para combater os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. O que tem chamado a atenção, no entanto, é a forma com que isso tem sido feito. A dívida pública federal subiu 1,56% em agosto e chegou a R$ 4,412 trilhões. 

O problema maior é que, ao se endividar de forma desordenada, o governo federal afasta os investidores que poderiam ajudar o país a crescer. Com a incerteza sobre as contas públicas, os números tem sido limitados e a taxa de juros está pressionada. 

Situação preocupante

Lá fora, com a moeda brasileira valendo quase nada, a situação brasileira parece não estar tão ruim, mas isso porque todos querem um pouco das comodities que exportamos. Na parte de dentro do país, no entanto, a história é outra. 

A curva de juros tem voltado a subir, principalmente a longo prazo, pois os investidores têm dúvidas sobre o cenário fiscal. Essa dúvida gera insegurança e dela nasce o receio de investir, o que atrapalha a retomada econômica do país. 

Uma dívida atrás da outra

Em agosto, o Tesouro fez uma emissão liquida da dívida pública de R$ 31,9 bilhões. Assim, o governo conseguiu jogar um pouco da dívida que vencia em um mês para outro, mas a diminuição foi inferior a um ponto percentual. 

Os investidores estão preferindo investir em papéis com vencimento menor, isso porque não há confiabilidade de como as coisas acontecerão no futuro. A falta de confiança que o governo passa impede investimentos em longo prazo. 

Segundo o tesouro, entretanto, o custo médio da dívida permaneceu estável, o que seria um bom sinal. 

Mercado reage ao endividamento

Nessa segunda-feira (28), um anúncio de que o governo federal pretendia criar um novo programa social, financiado com dinheiro do Fundeb (educação) e com o adiamento do pagamento de dívidas, pegou o mercado de surpresa. 

Mas a reação foi imediata. A bolsa teve uma forte queda e o dólar, que já estava bastante alto, voltou a atingir níveis obscenos. A crise atinge a todos, mas no Brasil é pior.