ICMS ajuda estados na batalha contra a crise


A pandemia do coronavírus não causou impactos na renda apenas dos trabalhadores.

A pandemia do coronavírus não causou impactos na renda apenas dos trabalhadores. Com a quarentena forçada e o comércio fechado, os Estados viram a arrecadação de impostos cair de forma vertiginosa. Agora, o ICMS volta como mola propulsora para o retorno. 

Isso porque, com o relaxamento da quarentena, as pessoas voltaram a consumir e, consequentemente, os impostos voltaram a ser arrecadados. Com isso os Estados receberam um impulso em seus caixas, para continuar investindo. 

ICMS forte

Em agosto, São Paulo, Pará, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Goiás conseguiram um crescimento igual ao mesmo período de 2019. O número é importante porque, nos meses anteriores, entre março e julho, o número era sempre menor. 

Os dados preliminares de setembro também apontam que a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) continuará crescendo. As avaliações indicam altas de até 22% com relação ao mesmo período do ano passado. 

São Paulo volta a arrecadar

São Paulo foi o epicentro da covid-19 no Brasil por um bom tempo e, com isso, viu a arrecadação desabar. Porém, somente em agosto a receita tributária do estado somou R$ 13,69 Bilhões, o que significou um aumento real de 1,1% com relação a 2019. 

Com isso, segundo Henrique Meirelles, secretário da fazenda do Estado, a previsão de rombo nas contas públicas, que já chegou a ser de R$ 18 bilhões, hoje é de R$ 12 bilhões. Ainda que longe do ideal, demonstra uma melhora. 

Setores precisam crescer juntos

Segundo Meirelles, é preciso ter uma atenção especial com o setor de serviços, que não está crescendo na mesma sintonia que o do comércio. Outro ponto importante é que a evolução da pandemia influenciará diretamente nessa recuperação. 

Auxílio emergencial ajudou

No caso de estados como Goiás, o que se viu foi que o auxílio emergencial beneficiou 44% da população e isso teve impactos imediatos na arrecadação.

O problema é que o auxílio foi cortado pela metade e já tem data definida para acabar, em dezembro. Assim, a retomada econômica precisa ser forte em todos os setores.