Ainda que a pandemia não tenha acabado, o governo federal, por meio do Ministério da Economia, tem envidado esforços para voltar a carga às reformas. No horizonte estão as reformas administrativa e tributária.
O governo tem se esforçado para colocar em pauta principalmente a reforma administrativa. Para o mercado, entretanto, se o governo fosse se esforçar em apenas uma delas, deveria ser na reforma tributária.
Com a palavra os economistas
Economistas dizem que essa preferência do mercado tem a ver com a velocidade que as mudanças poderiam chegar. Uma eventual reforma tributária impactaria mais rapidamente a vida dos empresários e atingiria os consumidores.
Além disso, segundo os economistas, a ideia é que a reforma estimularia os investimentos privados no país. Isso seria uma boa, principalmente porque o país vive uma grave crise de confiança e vê o capital estrangeiro fugindo cada vez mais.
Os especialistas afirmam ainda que a reforma administrativa e os programas que pretendem fazer concessões e privatizações também são importantes para ajudar na retomada do crescimento, mas menos que a reforma tributária.
Mercado está de olho nas reformas
Os mercados do mundo todo estão sempre de olho nas tensões políticas que envolvem discussões que lhes interessam. No Brasil não é diferente. As discussões no Congresso sobre as reformas têm influenciado diretamente nos mercados.
Além disso, há o dólar que não para de subir e uma taxa de juros que, de tão baixa, está mais prejudicando do que ajudando. Segundo os economistas, quando as discussões sobre as reformas evoluem, as bolsas sobem e o dólar cai.
Investimentos públicos são um problema
Segundo os especialistas, a preocupação do mercado é ver o governo aumentando seus gastos, enquanto o investimento provado cai. Para os empresários, isso significaria que a dívida do país continuaria aumentando e o país teria de pagar juros altos.
Então, os empresários têm duas preocupações. A primeira é que o investimento público impede que os empresários ganhem dinheiro com determinada atividade.
Segundo que, endividado o Estado, os juros tendem a subir, o que fará com que eles percam mais dinheiro.