Crise faz dívidas de pessoas crescer 9,3% em Fortaleza


Segundo a pesquisa, durante o período em que a pandemia exerceu pressão sobre a economia.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), realizou uma pesquisa para avaliar o “perfil de endividamento do consumidor” e divulgou na última quarta-feira (23) os resultados. 

Segundo a pesquisa, durante o período em que a pandemia exerceu pressão sobre a economia, o número de pessoas consideradas endividadas cresceu 9,3%. Os dados são dos últimos seis meses.

A pesquisa

A pesquisa aponto também que o número de pessoas que tem parcelas a vencer, ou que pagam empréstimos saltou de 66%, no mês de março, para 72,2% em setembro. 

Os dados revelam que em abril ocorreu o pico da crise no Estado, mas que nos meses seguintes houve alguma melhora. Com isso, na média, o número de pessoas na situação acima ficou em 74%, até que conseguisse recuar mais um pouco em setembro. 

Evolução com cuidado

Com a evolução e diminuição de quase 2% dos endividados na passagem de um mês para o outro, a Fecomércio-CE entende que houve uma melhora significativa em meio à recessão. Entretanto, ainda é preciso ter bastante cuidado. 

Claudia Brilhante, diretora institucional da Fecomércio, afirma que há um menor número de negociações nas instituições financeiras, o que demonstra que o consumidor está tendo maior cautela e fazendo o possível para diminuir as dívidas. 

Segundo ela, o mais importante é que o consumidor tenha planejamento, evitando assim uma possível inadimplência no futuro. 

Final do ano traz esperança

A preocupação com a saúde financeira dos consumidores está ligada também à época que se aproxima. Os últimos meses do ano, para muitos comerciantes, são a tábua de salvação para manter suas empresas financeiramente saudáveis.

Por isso mesmo, e considerando a retomada gradual da economia, os comerciantes estão ansiosos para os três últimos meses do ano e os negócios que poderão fazer. A possibilidade de um natal mais próximo do normal anima a todos. 

Para os consumidores, a dica é ter cautela. Sem uma vacina, a tendência é que a economia continue instável. Por isso é sempre bom evitar dívidas e manter uma reserva financeira.